Policiais civis do 31º Distrito Policial (DECAP) deflagraram, na quarta-feira (22), uma operação para cumprir 19 mandados de busca e apreensão em endereços na capital paulista, em Osasco e em Taubaté. A ação faz parte das investigações de dois inquéritos policiais que apuram crimes de fraude eletrônica e associação criminosa.
As investigações, coordenadas pela delegada Silvia Cordeiro Mendanha, contaram com a atuação de investigadores e escrivãs do 31º DP, além do apoio de policiais dos distritos 18º, 21º, 29º, 42º, 52º, 56º e 58º, da equipe do Cerco e das delegacias de Taubaté e Tremembé.
As fraudes seguiram o mesmo procedimento. No primeiro caso, ocorrido em 6 de junho de 2025, as vítimas — proprietárias de uma empresa de confecção — receberam uma ligação de um falso funcionário do banco onde mantêm conta. O golpista alegava uma suposta invasão bancária e orientava as vítimas a realizar procedimentos pelo aplicativo do celular. As ações resultaram em diversas transferências que beneficiaram sete pessoas no esquema fraudulento, causando um prejuízo de mais de R$ 596 mil.
Durante as investigações, foi identificado um segundo golpe, praticado em 18 de agosto de 2025, que vitimou outra pessoa. Nesse caso, os criminosos também se passaram por funcionários de segurança bancária e, posteriormente, por um suposto delegado do Deic. A vítima foi induzida a ir até a agência e transferir cerca de R$ 396 mil para a conta de uma criminosa, além de realizar compras em nome de outro comparsa, no valor de R$ 15 mil.
O cruzamento de informações revelou que uma das beneficiárias morava próxima a suspeitos do primeiro caso, reforçando a ligação entre os dois grupos. Com base nesses indícios, foram expedidos os mandados de busca e apreensão, cumpridos simultaneamente nas três cidades.
Em interrogatório, os investigados negaram envolvimento nos golpes, mas as provas apontaram que eles se beneficiaram financeiramente e mantinham vínculos entre si. Todos foram indiciados pelos crimes de estelionato e associação criminosa.
As diligências continuam com o objetivo de identificar outros participantes do esquema, incluindo beneficiários de transferências localizados em outros estados, como Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. As fraudes investigadas até o momento ultrapassam R$ 1 milhão em prejuízos.