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A Polícia Civil deflagrou, na última quarta-feira (29), a Operação ‘Amicus Curiae’ em Dracena e Panorama, interior de São Paulo. A ação é um desdobramento de investigações que iniciaram em 2008 sobre lavagem de dinheiro e corrupção ativa. 
 
Os investigados adquiriam olarias ou fábricas de cerâmicas inativas ou com problemas financeiros e falsificavam registros contábeis para mostrar que a produção era muito maior do que realmente era. Devido à criação do reservatório para a Usina Hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta, que resultou na submersão de áreas ao redor do Rio Paraná, ocorreu perda de depósitos de argila, essenciais para a fabricação de produtos cerâmicos. Com isso, os acusados alegam ter sofrido danos consideráveis, razão pela qual buscam compensações substanciais. Assim, eles corrompiam funcionários da Companhia Energética de São Paulo (Cesp) para aumentar artificialmente os montantes das indenizações, resultando em grandes perdas financeiras para a empresa. 

Os trabalhos policiais foram realizados por integrantes do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior 8 (Deinter 8), por meio da Delegacia Seccional de Dracena, com apoio da Delegacia de Panorama, da Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (Dise), da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) e do Centro de Inteligência Policial de Dracena. 
 

Durante a diligência, os agentes cumpriram três mandados de prisão condenatória. Um idoso, de 60 anos e duas mulheres, de 36 e 53 anos foram presos. Também foram bloqueados mais de R$ 10 milhões em dinheiro e imóveis.  

Os detidos foram conduzidos à Delegacia, onde passaram pelos trâmites de polícia judiciária. Após, foram encaminhados ao cárcere e ficarão à disposição do Poder Judiciário.