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No dia 28/03/2014, por volta das 21h30 de um domingo, o casal Luiz Carlos Rugai, 40 anos, e Alessandra de Fátima Trotino, 33 anos, foi encontrado em óbito no interior da casa onde residiam, situada na Rua Atibaia, bairro Perdizes, na capital de São Paulo. Ambos apresentavam ferimentos provocados por disparos de arma de fogo. Alguns ferimentos, inclusive, eram sugestivos de “tiro de execução”.
Vizinhos do casal, que vivia em união estável havia cerca de quatro anos, ouviram os disparos e acionaram a polícia.
No imóvel, além de servir de moradia ao casal, funcionava uma empresa de propaganda e marketing, de propriedade das vítimas, especializada em produzir comerciais para vários artistas. Não foram localizados quaisquer vestígios que pudessem indicar um possível roubo seguido de morte.
Após intensa e complexa investigação, o Departamento de Homicídios, da Polícia Civil de São Paulo, descobriu que o autor do crime foi Gil Greco Rugai, filho da vítima Luiz.
Gil Rugai tinha uma arma do mesmo calibre utilizado, que tempos depois, foi localizada numa caixa coletora de águas fluviais de um prédio de escritórios, onde ele próprio disse que estava no momento do crime. Essa arma foi submetida a perícia, restando comprovada que foi a arma utilizada no crime.
Uma das portas no interior da residência, arrombada durante o crime, apresentava uma marca de calçado, que coincidiu com um dos sapatos apreendidos em poder de Gil. Além disso, uma testemunha viu Gil deixando a casa, logo após os disparos.
A motivação do crime foi a descoberta por Luiz Carlos de uma fraude reiterada que desviou recursos da empresa de sua empresa. O autor da fraude era seu próprio filho, Gil Rugai, responsável pelo setor financeiro, que estava destinando os recursos desviados a uma empresa que Gil estava abrindo com um amigo, no mesmo ramo de atividade de seu pai.
Pai e filho discutiram, e Gil foi expulso daquela casa, onde também residia. Embora tenha ocorrido a troca de segredos das fechaduras das portas, por ocasião do crime, Gil ingressou no imóvel por um acesso pela rua de trás, que poucos conheciam.
Gil Greco Rugai foi preso e condenado a 33 anos e nove meses de reclusão, pelo duplo homicídio praticado