A Delegacia Seccional de Diadema, por meio da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) da cidade, desarticulou, nesta segunda-feira (7), uma organização criminosa envolvida em roubos, extorsões e lavagem de dinheiro. Sete pessoas foram presas preventivamente, após investigações que revelaram uma estrutura altamente organizada e especializada na prática de crimes violentos.
O inquérito policial foi iniciado após o registro de um boletim de ocorrência, em fevereiro de 2024, que relatava a ação de criminosos que atraíam vítimas a Diadema, com o pretexto de realizar a negociação de uma motocicleta inexistente. As vítimas foram abordadas em um posto de gasolina, onde os criminosos, se passando por policiais civis, as submeteram a grave ameaça com armas de fogo, subtraindo valores, aparelhos celulares e cartões bancários, e forçando-as a fornecer senhas para realizar transações financeiras.
A investigação revelou que três dos criminosos saíram do local com os pertences das vítimas, realizando compras e transações via PIX com os cartões roubados. Outros dois integrantes do grupo mantiveram as vítimas em cativeiro por aproximadamente quatro horas, em um estacionamento, até que mais uma vítima chegasse à cidade com R$ 28 mil em dinheiro, que também foi subtraído. Todas as vítimas foram liberadas próximo à Rodovia dos Imigrantes após o cumprimento das exigências dos criminosos. No total, as vítimas tiveram um prejuízo de cerca de R$ 80 mil.
Com o apoio da equipe do Grupo de Operações Especiais (GOE) e a análise de imagens de câmeras de segurança, a polícia conseguiu identificar e qualificar três dos criminosos. Medidas cautelares permitiram identificar mais três membros do grupo. A Polícia Civil de Santa Catarina também prestou apoio nas operações.
Após novos interrogatórios e a quebra de sigilos telefônicos e bancários, a polícia identificou o último membro da organização, que também teve sua prisão temporária decretada.
O trabalho de inteligência policial apontou que o grupo criminoso atuava de forma articulada e hierarquizada, com divisão de funções bem estabelecida entre os membros. A organização era dividida em quatro núcleos:
Captação das vítimas: responsáveis por atrair as vítimas até Diadema.
Operacional: encarregados de realizar as abordagens e manter as vítimas sob custódia.
Transações: responsáveis por realizar compras e transferências via PIX com os valores roubados.
Financeiro: responsáveis pela lavagem de dinheiro obtido com os crimes, disfarçando a origem ilícita dos valores.
Diante das provas robustas coletadas, os sete envolvidos foram indiciados por diversos crimes, como roubo circunstanciado, extorsão com restrição de liberdade das vítimas, receptação, organização criminosa e lavagem de dinheiro. As prisões temporárias foram convertidas em prisões preventivas, mantendo os criminosos sob custódia enquanto o inquérito é finalizado.
As investigações prosseguem a fim de localizar possíveis outros envolvidos e garantir a punição dos responsáveis.
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